Arquitetura urbana e a
verticalização do verde
Durante esta leitura, estarei comentando a atuação
humana no que tange a forma com que trabalhamos o meio ambiente e as causas
(suas causalidades dentro do que conhecemos por urbanidade), ao longo do tempo estamos
concorrendo e convivendo paralelamente com o espaço construído. E em muitos
centros urbanos deixando de lado os “corredores verdes”, então faz se
necessário que determine os projetos de verticalização da vegetação, no
contexto ambiental e cultural da sociedade moderna falta à condição do
verde. É verídico que no processo de
urbanização o maior desafio das cidades é o crescimento e o desenvolvimento
urbano, pois este proporcionam riquezas e sua geração, mas toda via, reduz a
qualidade de vida de seus munícipes. A verticalização estaria então, atuando no
processo de adensamento de forma pontual de algumas áreas urbanas e sendo
pensada em conformidade das construções dos edifícios, formando assim
edificações verdes dentro do conceito cidade.
INTRODUÇÃO
A cidade é meio pelo qual o ser humano manifesta sua atividade, enquanto
ser social. Mas as constantes alterações das cidades mostram que a forma para
atingir este objetivo tornou-se inviável, no sentido do conforto e da
sobrevivência.
Ao trabalhar o meio, através da cidade, a construção de novos
empreendimentos residenciais e comerciais, impermeabilização do solo, estancamento
dos afluentes, retirada da vegetação, tudo isso faz com que o clima das cidades
sofra alterações extremas (NÓBILE, 2003).
Levantando-se arranha-céus, bloqueando-se os ventos,
criam-se ilhas de calor, consideradas como bolsões pontuais de mosaicos. Cohen
(2002) indica que existiriam outras formas de trabalho com o clima, ocasionando
temperaturas mais amenas e confortáveis para o convívio de todos. Para isso, é
necessário criar edificações que permitam inserção de elementos com vegetações e
árvores, com variedade de espécies, reduzindo o impacto no clima urbano em
graus significativos. Quanto se aponta a Verticalização
do Verde, indica-se uma situação real e possível.
Quanto à urbanização e a aceleração dos danos
ambientais e econômicos, sociais da vida urbana, é preciso considerar as formas
de planejamento no sentido do meio ambiente. A qualidade climática e o aumento
da temperatura das cidades e das áreas rurais margeantes teriam como fatores
desencadeantes a criação de novos ambientes artificiais, alguns materiais de
construção/pavimentação e o mau uso da vegetação (COHEN, 2002).
Vários estudos indicam que é possível diferenciar o
clima e o uso dos espaços públicos no sentido de ambientes mais favoráveis e
amenos; principalmente em situações de maior concentração da população. Esta
diferenciação, considerando pequenas áreas, pode ser pensada como. Portanto, no
microclima, é possível reduzir a amplitude térmica e a insolação direta,
verticalizando o verde (BRANCO, MASSAROCO & SANTOS, 2008).
A Verticalização
do Verde melhora as taxas de evapotranspiração e a velocidade dos ventos, favorecendo
a condição ambiental dos centros urbanos e, em contrapartida, a melhoria da
condição ambiental das cidades; alterando-se a qualidade de vida de cada um de
seus habitantes, aproximando-os do ambiente natural (BRANCO, MASSAROCO &
SANTOS, 2008).
As cidades são formadas por uma coletânea vasta de
habitats humanos. Cada um deles, a partir da interferência da ocupação humana,
direta ou indiretamente, através de pequenas e grandes paisagens, conforma
ambiente em algo distante da natureza. Podemos dizer, pois, que resultam em
conformações seminaturais (BRANCO,
MASSAROCO & SANTOS, 2008).
Como aspectos essenciais de habitats nos centros
urbanos, têm-se os parques, florestas e empraçamentos, as diversas formas de
ocupação e serviços sanitários. Sem o devido planejamento, esta agressividade
com que o meio ambiente é tratado, terá como fim a destruição de áreas de
produção de alimentos e bens necessários ao consumo imediato e ao suporte da
vida humana (BRANCO, MASSAROCO & SANTOS, 2008).
Desta forma, “a
transformação das áreas produtivas está também sendo degradada em nome deste
novo processo construtivo que gera condições de produção humana, menos produção
de favorecimento das condições nutricionais desta mesma população” (BRANCO,
MASSAROCO & SANTOS, 2008, s.p.).
Na formação de centros urbanos, contabilizando-se o impacto e as
condições desfavoráveis, é fundamental que se tentem encontrar situações outras
para a manutenção viável deste meio urbanizado. Verticalizando o verde,
encontra-se uma situação salutar para esta proposta, uma vez que o ar e o
refrigério dentro de uma área verde tende a reduzir a temperatura em até 5ºC
(CLARO, SABBAGH, ARMONDI & VIOLATTO, s.d.).
Tal valor pode não parecer muito, se considerado isoladamente. Todavia,
se forem somadas estas áreas (verdes verticalizadas) às áreas das florestas e
vegetações nativas, as possibilidades de favorecimento do crescimento natural
dos pequenos disseminadores de grãos (pássaros, e insetos) fazendo com que esta
floresta urbana se amplie aos bosques, praças e parques urbanos (CLARO, SABBAGH,
ARMONDI & VIOLATTO, s.d.)
Pode-se, então, concluir brevemente que tal
contribuição, entre variadas formas de vegetação, permite a sobrevivência das
espécies, geração de alimentos e a manutenção da vida. Por outro lado, outro
fator positivo é a biodiversidade urbana e uma melhora considerável nas áreas
rurais adjacentes, bem como a criação de espaços de alimentação orgânica nos
equipamentos urbanos.
Para o devido crescimento das espécies vegetais, é necessário
que o ambiente urbano atenda as condições adequadas para a sua sobrevivência e
manutenção. A abundância de muitas espécies está correlacionada negativamente
com o grau de urbanização. Plantas, por exemplo, precisam de solos especiais ou
de certo tipo de polinizador para produzir sementes. Observação ainda a ser
feita consiste nas áreas urbanas que não são abundantes, contudo um fator
favorável é que com verticalização da massa verde pode-se contar com funções
importantes como a melhora das condições do ar e seu resfriamento, absorção de
poluentes, redução de ruídos (barreira acústica), satisfação estética do meio,
re-população das espécies. Aprimoramentos outros como, uso de solos favoráveis
a vivo-verde e aquisição de matéria prima como, por exemplo, água (LIRA FILHO
& MEDEIROS, 2006).
Nesta perspectiva, de sucesso das espécies, a
utilização de edifícios inteligentes é vital para o efeito esperado, com a
reutilização de águas pluviais e seu armazenamento, tratamento da água e sua
descontaminação para uso simples; usando-se a água potável para abastecimento e
manutenção humana (LIRA FILHO & MEDEIROS, 2006). É o que se vê na Figura 1.
Figura 1 - Operações Urbanas Nova Água Branca
(BRANCO, MASSAROCO & SANTOS,2008)
A ARQUITETURA E O CONTEXTO URBANO
A Arquitetura, para além de seus significados, deve ainda contemplar os
recursos naturais e o contexto do lugar. Em de seus textos mais antigos, vê-se
que esta é, e sempre foi, uma notória preocupação (VITRUVIUS, [ano I a.C.] 2006).
Arquitetura Urbana é o novo caminho para
este velho “homem moderno”.
No contexto social, deve-se buscar um melhor tratamento para que este
homem não se perca de seu próprio caminho. Assim sendo, a união entre as duas
partes somando-se a necessidade atual, este meio de caminho é o STATIONS. De acordo com este conceito, seria o
lugar de movimentação a partir de um ponto de origem a um ponto de destino.
Dentro dos centros sociais, este seria
o lugar de retiro. Vislumbrar a luta entre a melhoria da urbanização e o
homem é tarefa constante, que se dá no seio da educação, da cultura (enquanto
sociedade), da boa prática e por fim da apreciação da arte enquanto arte e não
da arte pela arte - sem função do artista, apenas como lucro (VITRUVIUS, [ano I
a.C.] 2006).
A boa administração dos recursos naturais, dos
recursos financeiros e também a equidade na distribuição são sinais da
excelência humana, na inteligência e capacidade adaptativa. O uso racional de
energia, e de seus mecanismos de produção, com uso adequado de matéria prima e
reaproveitamento dos resíduos sólidos urbanos são deveres de todos os cidadãos.
A parcimônia e a economia fazem parte das pequenas atitudes que permitem a
adaptação e o bem-estar cotidianos (COHEN, 2002).
Ainda segundo o mesmo autor acima, nos dias de hoje,
parece haver uma nova consciência da sociedade quanto à necessidade de se
reduzirem os impactos ambientais. Isto é perceptível na construção civil,
através do conceito da Arquitetura Verde
e a Bio Casa. A partir deste
conceito, esquadrinha-se uma nova cidade, uma cidade que leva esta questão
urbana ao seu mais alto limiar. A Verticalização
do Verde faz parte deste pensamento.
Pode-se obervar esta forma de pensar através do projeto
de paredes verdes do Studio Woha (2012), em que uma escola de artes visuais e cênicas faz uma integração perfeita
entre Arquitetura e natureza em seu conjunto. Trabalhando a luz natural e a
ventilação, isso faz com que o clima interno se torne agradável ao ensino e
saudável aos transeuntes. É desta forma que faz a interação dos alunos e o
edifício em questão. Neste caso, a composição verde ajuda tanto no isolamento
térmico quanto acústico (VALESAN, FEDRIZZI & SATTLER, 2010).
Na Figura 2,
abaixo, vê-se a utilização deste recurso. O projeto, proposto pelo Studio Woha
(2012) amplia a eficácia energética, envolvendo alterações relevantes em todo o
projeto, desde sua base até a forma com que se usa este objeto.
É através de projetos
como este (STUDIO WOHA, 2012) que se perseguem as medidas adequadas ao sistema
de uso, de posicionamento, de insolação para as construções. Por outro lado, as
fachadas da construção são dispostas de acordo com a direção dos ventos
dominantes. E isso permite melhor circulação de ar, arejamento, troca de gases.
Enfim, há um melhor condicionamento ambiental por meio passivo, economicamente
mais viável.
Figura 2 - Projeto de Arquitetura usa jardim vertical em escola de
Cingapura
(STUDIO WOHA, 2012)
Provocar o
meio é criar dispositivos que levam a população a se comprometer com o meio
ambiente. As mudanças de estrutura, de organização dos elementos da construção
podem minorar os efeitos da interferência humana no ambiente; e é isto que leva
ao menor impacto ambiental. De acordo com Kornhauser (2001), as construções verdes seriam a certificação da melhora de vida de
todos.
O projeto do arquiteto Robert
Caulfield (2012), em Melbourne/Austrália, apresentado abaixo na Figura 3, é
outro grande exemplo da Verticalização do
Verde. Na fachada além de seu jardim, vê-se uma elaboração que, mesmo não
sendo nova, é bastante eficaz na concepção da utilização dos espaços. Por
exemplo, a acomodação das varandas triangulares em uma fachada irregular, faz
com que o movimento lateral do vento seja reduzido e, em contrapartida, permite
maior captação da água das chuvas.
Figura 3 - Projeto Jardim Vertical de Robert Caulfield (2012), em
Melbourne, Austrália
(CAUFIELD, 2012)
Estes jardins urbanos seriam respostas
favoráveis ao crescimento das cidades e uma melhor concentração das áreas
naturais dentro dos grandes centros (BRANCO, MASSAROCO & SANTOS, 2008).
A Degradação e o Comprometimento da Natureza Selvagem
Devido
ao crescimento descontrolado das cidades e de suas atividades industriais,
ocorreu grande impacto no meio ambiente. Já no século XIX, surgiram as
primeiras previsões da alarmante crise ambiental contemporânea. Afinal, qual é
o papel das cidades? E qual a
participação de cada um no que diz respeito à conservação e a educação
ambiental? (CONSUMO SUSTENTÁVEL,
2005; ANTONIO FILHO, 2007)
A ONU (Organização das Nações Unidas,
2012) considera que em 2050 a população mundial irá atingir nove milhões de
habitantes. Não será tarefa fácil gerar condições para tantas pessoas, custeando
as necessidades básicas familiares. Se, nos dias atuais, há situações graves,
como lixo, poluição e um consumo exagerado de energia, as quais as práticas
públicas, a colaboração ativa de cada cidadão, o planejamento urbano e a
vontade política não conseguem contemplar.
Uma via que esta na contramão das urgências comerciais
(consumistas e midiáticas) é a aplicação da educação ambiental e a conservação
das áreas de vida natural. Por assim dizer, implantar uma consciência verde também em pequenas comunidades (fazendas, praias
e montanhas) com interesse público experimentando modernidade em conjunto à
vida campesina é uma tarefa árdua e demorada (QUADROS, 2007).
O desafio com
o qual a Arquitetura ainda esbarra é o de esclarecer e desmistificar os
articuladores das empresas de fabricação de tijolos e cimento; ou seja, sair do
modelo em que somente este tipo de construção seria viável. No imaginário das
pessoas (senso comum), a ideia de uma casa sustentável com habitantes
conscientes é de vital importância para a sobrevivência de todos. Casas ecológicas também devem coadunar com o
ambiente urbano, participando das condições locais e usando materiais que
existam em abundância, com menor impacto e dano, sendo isso importantíssimo
para a população de baixa renda (LIMA, 2005).
Urgências na
educação ambiental permite-se que veja que são maiores os problemas que a
Arquitetura Urbana tem em seu caminho. É preciso, pois, convocar toda a
sociedade para tal discussão. É preciso enfrentar a questão proposta por
Cortella (2011, s.p.): “temos que saber
não só que mundo nós vamos deixar para os nossos filhos, mas sim que filhos
estamos deixando para este mundo”.
A conservação ambiental faz com que as cidades
se debrucem sobre esta questão, levando à reflexão acerca de suas causas e
consequências. Mais que construir e produzir, é urgente considerar os meios
através dos quais isto acontece para fazer da cidade um lugar inteligente e
viável. É o que se pode destacar na Figura 4, logo abaixo.Figura 4 - Operações Urbanas Nova Água Branca
Ilustração
(BRANCO, MASSAROCO & SANTOS, 2008)
Com a verticalização, objetos que simplesmente são
perdidos agora podem ganhar utilidades inovadoras; containers que antes
ficariam apodrecendo ao ar livre podem contribuir com a verticalização. Lars
Behrendt (2012a, 2012b), projetista e designer, mostrou em Stuttgart (Alemanha)
que é possível e simples fazer diferente. Sua proposta nada mais foi que
mostrar, com criatividade e imaginação, o que se pode fazer com os contêineres.
O
“Öesterreichicher Platz”, identificado na Figura 5, abaixo, fora um
estacionamento durante 40 anos. Com sua desativação, foi transformado por
Behrendt (2012a; 2012b). Localizado em Stuttgart, O Lotto Turm (nome adotado)
satisfez aos moradores locais como uma praça. Neste projeto, há com uma torre
formada por 55 contêineres sobrepostos, dividido por andares. Quanto ao antigo
pátio, pouco dele restou e, futuramente, haverá um grande espaço para as
crianças.
Figura 5 - Eco Architecture: Lotto Trum Stuttgart. Öesterreichischer Platz
Ilustração
(BEHRENDT, 2012a; 2012b).
Outro
exemplo, disposto na Figura 6, abaixo, é a possibilidade de reconstruir o Pier
Chelsea 57, em Nova York. A concorrência teve como vencedor o grupo LOT-EK Arquitetos (s.d.) que propuseram transformar os recipientes em um centro comercial. O projeto
inclui um parque no terraço
de dois hectares e
containers reciclados em lojas. O Pier Chelsea
57 é um marco da Arquitetura e deverá
ser reconstruído dentro dos limites do Hudson River Park,
transformando-o em uma grande atração.
Figura 6: Eco Architecture: LOT-EK
Ilustração
O projeto contará ainda com mercado permanente, com
oferecimento de trabalho para jovens de baixa renda e espaços
comerciais para artistas e outros
pequenos negócios. Ainda caberá um centro de cultura
contemporânea e desenvolvimento, uma mistura de leilão, galeria de exposições e entretenimento.
E NO BRASIL ... O QUE HÁ DE NOVO?
Para além das ideias, no sentido já permeando o campo
prático, obtence o projeto do Edifício Harmonia 57 (2009). Com soluções
corriqueiras, este projeto ganhou o prêmio NAJA (Novos Álbuns da Jovem
Arquitetura), concedido pelo Ministério da Cultura Francês a jovens arquitetos.
Esta nova perspectiva diz que é possivel realizar o que antes era motivo de
dúvidas; mesmo indo de encontro a uma concepção anterior que dizia ser isto
absurdo, contrário ao tradicional.
O que alimenta a ideia do projeto Harmonia 57 (2009) é o
uso da água das chuvas. Pensado desde sua base, o prédio conta com duplas
paredes em alvenaria e concreto orgânico, que compõem uma pele porosa, em que a
vegetação se fixa com facilidade. Através de um reservatório que é instalado no
alto deste edificio, injeta-se o vapor de água facilitando a absorsão do
líquido pelas folhas; a água é filtrada e armazenada. A partir de um olhar
externo, pode até parecer confuso que haja a distribuição de dutos pelo edificio;
na verdade, o que se pode ver são as veias e as artérias deste organismo vivo
exposto ao ar.
Como as plantas têm ciclos, o prédio demostra isto ao
longo dos dias do ano. Já no interior do prédio, a harmonia que se tem é a
garantia de espaços diferenciados. Desde a escolha dos materias até as paredes
duplas, geram-se conforto acústico e térmico; pouco observado em prédios
convencionais. Unindo-se a isto, a Verticalização
do Verde garante economia de 90% de água, demostrando que o pensamento por
trás do edificio é, sem dúvida, a Sustentabilidade
(HARMONIA 57, 2009).
Figura 7 - HARMONIA 57
Em edifícios como o HARMONIA 57, acima destacado na
Figura 7, tudo é pensado para que se tenha um impacto positivo no sentido
ambiental; até mesmo quando se fala em aberturas, a estratégia é meticulosamente
pensada. Nada é por acaso: a captação de luz natural na utiliza o princípio da
troca de gases pela ação dos ventos - artifício usado desde as construções
gregas. Cada estratégia transforma este edifício em um organismo vivo, econômico,
um empreendimento viável e funcional.
Em
casos como o do projeto Harmonia 57,
pode-se afirmar que sua função está de acordo com a forma (Sullivan, [1896]
2008). Sua simplicidade dialoga com a tecnologia, usando-se técnicas simples, com
máximo aproveitamento de água e de luz, além de implantação correta e programas adequados. Este
prêmio ao ar livre vive, nasce e
interage com o meio ambiente e o meio urbano.
CONCLUSÃO
Somos seres sociais, este é o ponto de partida. Ou melhor,
isto nos conduz a um partido arquitetônico. Desta forma, ao conceber um objeto
de residir ou para trabalhar, deve-se levar em consideração também o espaço
onde ele será implantado, categoria que deveria ser enunciada em qualquer
projeto.
Em seu Addendum
Urbanístico, Costa (2006, p. 115) aponta que “urbanizar consiste em levar um pouco da cidade para o campo, e trazer
um pouco do campo para dentro da cidade”. A Verticalização do Verde é a prática deste pensamento.
A Arquitetura deve considerar o homem em sua dimensão
coletiva, mas a partir da qualidade, e não da quantidade. O paradoxo destas
questões - quantidade e qualidade - é o desafio de pensar a urbanidade e as
cidades. Verticalizar é o movimento que aponta para a dimensão do céu, ao mesmo
tempo em que reflete a dimensão do solo onde se enraiza. Construir e edificar é
provocar a vontade e surpreender o espectador. É contagiar o cidadão como
observador, aquele que olha de frente as duas dimensões e se posiciona em
relação a elas.
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